Eramos felizes e não sabiamos.

Incontáveis as vezes que já ouvimos, ou já dissemos isso. O pior é que quase sempre, é a verdade.

Harry Potter estourou no final dos anos 90. Era uma novidade, um livro que falava da vida de um bruxo jovem, que teria que salvar o mundo bruxo do retorno de um grande bruxo das trevas. Nada revolucionário, concordo, mas bastante divertido. Cada livro era um ano, e isso permitiu uma cacteristica fundamental dos livros: Os subenredos. Cada livro tinha, obviamente, um enredo principal, mas eram desenvolvidos diversos subplots, que mantinham a atenção no livro. É dificil largar um Harry Potter depois de começar.

Mais do que uma aventura, o livro acompanha, de diversas maneiras, a evolução do personagem, um adolescente, que tirando o fato de poder lançar magias da varinha, é como qualquer outro: perdido.

Potter passa de um jovem que se impressiona com um sapo de chocolate, para um homem que sabe o que deve fazer, e toma decisões para isso.

Quando estava no topo, os livros eram massacrados por todos, afinal, era a modinha da época. Vendiam horrores, muita gente lia, mas não era considerado literatura pelos "intelectuais". 

O problema, é que anos depois, com a série já terminada e fazendo agora sucesso no cinema, surge outra modinha destruidora: Crepúsculo. O problema, é que enquanto Harry Potter é um ótimo livro, Crepúsculo não. É raso. E ainda destruiu um dos maiores patrimonios do terror: o Vampiro. 

E o filme que originou é uma bomba digna de Caminhos do Coração.

Crepúsculo é um romance de banca de jornal (Bianca, Joana, etc, que sua mãe adora ler no banheiro)  disfarçado para a geração mtv/orkut.  Possui todas as caracteristicas do outro, o amor impossivel, a protagonista supostamente forte. 

Ainda bem que quando eu era criança, Harry Potter era modinha. Ainda bem.