quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Katrina? Aqui não

Quando começaram as noticias sobre o desastre que caiu sobre Santa Catarina, logo pensei "Pronto, teremos nossa New Orleans e todos os seus problemas".

Mas não.

Algumas coisas diferenciam os dois casos. Lendo um texto perdido na internet, do distante ano de 2005, consegui identificar o quê: o modo de vida.
Quem não dormiu nas aulas de geografia (por mais dificil que fosse) sabe que os Estados Unidos do Obama são partidários do "Estado do Bem-Estar Social" (Welfare State, na lingua do Schwarzenegger). Uma maneira onde todos vivem supostamente protegidos pelas asas do estado, mesmo isso sendo estranho no mais capitalista dos países. "O Estado que deve tomar conta do que conquistei com meu dinheiro", dizem eles. Isso torna, quem assim vive, totalmente planificado pra baixo, como crianças que não crescem.
Daí vem um to
rnado, que destroi tudo. O Governo foi avisado, mas não acreditava que fosse ser grave. Então, o caos tomou conta de tudo. Segurança? Zero. Estupo, morte, crimes por todo lado. Tudo graças a imaturidade de um povo cujo maior desastre é a falta de carne na lanchonete do palhaço.
É claro que não foram todos os moradores que se comportaram assim. Talvez até uma minoria. Mas basta um armado ( o que não é dificil nos Eua ) pra outros cem serem
subjulgados.
Fora o esquecimento do governo, municipal, estadual e federal na hora de ajudar a cidade, o que foi horrivel. Algo como "Agora você é o primo feio da famil
ia americana, não te queremos mais, cidade do Jazz".

Isso não aconteceu aqui no Brasil. Fomos salvos por nosso "terceiro mundis
mo". As pessoas realmente pararam para ajudar. Pararam, para doar, se longe, e ir até lá voluntariamente, quando perto. Ninguem ficou esperando o BNDES liberar credito, ou o Lula visitar e constatar o desastre. O pessoas arregaçaram as mangas (molhadas), contou os prejuizos (muitos), chorou pelos mortos (centenas), mas começou a trabalhar. Ninguem parado. Fomos salvos pela nossa segunda caracteristica mais divulgada no exterior ( a primeira é a bunda) : A solidariedade. Podemos ser tudo, mas ajudamos. Claro que existem muitos frutos podres, mas também existe aqueles que valem por milhões.

Foto - Folha Online


Espero que o texto não tenha caido no bairrismo, não era essa a intenção. Não morro de amores o Brasil, mas reconheço quando algo me emociona. E a mobilização por Santa Catarina é uma delas.


Agora, voltamos a programação normal.

ps1 - O post do blog ( um Windows Live Spaces) citado no texto vale muito a pena ser lido. Foi ele que me fez postar aqui.

2 comentários:

Thiago Dalleck disse...

Não seria patriotismo ao invés de bairrismo? Enfim, melhor ser patriota e solidário do que apenas COPAtriota e futebolidário...

George Marques disse...

A solidariedade ainda é muito relativa.
O que realmente me incomoda é que quem faz as doações não são os mais ricos.